O oitavo episódio de “What If…?” chegou chutando a porta! Se o conceito de multiverso no geral era interessante por si só e a exploração de realidade diferentes representava ameaças e situações isoladas, a partir daqui tudo isso muda. O Vigia anuncia logo no início que “Esta história em particular, quebra meu coração”, o que em poucos minutos de episódios conseguiremos entender o porquê.

“O Que Aconteceria Se… Ultron Tivesse Vencido?” não apenas apresenta uma “Era de Ultron” mais ameaçadora, como estende sua vilania para além dos limites imagináveis de um mero universo. Aqui, tudo entra em choque e podemos pensar que esse evento é apenas uma amostra do que o “Multiverso da Loucura” (título do próximo filme do Doutor Estranho) significa.

As possibilidades de diferentes linhas são impressionantes, porém é assustador perceber que as ameaças de um universo não estão mais apenas presas especificamente a sua realidade, tudo é passível de se chocar e a nosso mundo está a um véu de distância, tênue e rasgável.

Ultron (Ross Marquand), protagonista do episódio, está em sua melhor face, um verdadeiro vilão, que não assusta apenas em suas palavras e ações, mas pelo próprio visual é postura. É imponente, calculista e insaciável.

O Vigia (Jeffrey Wright) nunca foi tão essencial para o multiverso quanto agora, e, a partir dos acontecimentos dos episódios, poderemos perceber pelas ações do narrador que as ameaças que vieram com o multiverso tornam o nosso mundo, os nossos heróis e as nossas defesas extremamente fracas, somos nada e nunca estivemos tão vulneráveis.

O núcleo humano protagonizado por Natasha (voz de Lake Bell) e Clint (Jeremy Renner) é sensacional, mesclando drama e comédia, reutilizando o que muito funciona nesses dois: a amizade mútua. Aqui, teremos em um certo momento uma cena que serve de paralelo a Vingadores: Ultimato, que rendeu uma interessante referência.

No fim, “O Que Aconteceria Se… Ultron Tivesse Vencido?” é de fato o maior episódio que a série já apresentou, elevando a escala do Universo Marvel em dimensões incalculáveis e colidindo várias realidades ao mesmo tempo. É instigante de assistir, abraça o multiverso e definitivamente se mostra parte do MCU, podendo ainda servir como uma espécie de prelúdio para os próximos filmes.