Chegou hoje, 18 de agosto, ao Disney+ mais um episódio da nova série da Marvel Studios “What If…?” com destaque ao Rei de Wakanda T’Challa como Starlord.
Dando continuidade a estrutura apresentada no primeiro episódio, acompanhamos, através da narração do Vigia, o vislumbre de infinitas possibilidades do multiverso, adentrando especificamente em uma realidade onde Yondu (Michael Rooker) incumbiu a tarefa de buscar Peter Quill a outros tripulantes de sua nave, que em sua má interpretação e falta de inteligência acabam pegando um menino de Wakanda, T’Challa, que por seu espírito curioso e explorador acaba sendo aceito pelos Saqueadores e se torna o novo “Senhor das Estrelas”.
A partir desse cenário, torna-se evidente uma série de alterações no Universo Marvel. A simples troca de Quill por T’Challa ressoou em diferentes êxitos em missões do Senhor das Estrelas, acarretando em uma diferente fama e também transformando a sua relação com outros personagens conhecidos, gerando variantes surpreendentes. (Melhor não entrarmos em detalhes para não estragar a surpresa, caso você esteja lendo esse texto antes de assistir).
Chadwick Boseman, em sua última participação como T’Challa, dá a voz ao personagem e, mesmo que não seja no universo e formato que estamos acostumados, é bastante emocionante revê-lo nesse personagem depois de seu falecimento no ano passado. Apesar de ser uma versão inicialmente mais aventureira e “malandra”, visto que foi criado por ladrões no espaço, T’Challa ainda tem um arco que preza por valores e busca manter um elo com sua ancestralidade que vai de encontro a sua família e raízes.
Dentre alguns pontos relevantes que vale ser mencionado, é que a série não deixa de lado a carga que a imagem de um herói negro como T’Challa representa, como ele é inspirador e ao mesmo tempo levanta, mesmo que rapidamente, até uma crítica de cunho histórico-político à escravidão, quando o personagem fala ao vilão: “De onde eu venho, a história nunca viu com bons olhos aqueles que prendem homens em jaulas”.
Outro destaque importante do episódio foi O Colecionador (Benicio Del Toro), que, apesar de ter tido uma participação relevante no MCU em torno das joias do infinito, o personagem nunca tinha assumido um antagonismo impressionante ou digno de parecer ameaçador. Contudo, em “What If…?”, vemos essa face tirana e perspicaz do Colecionador, já que Tivan aparece em sua melhor forma e com ainda mais poder e cobiça, usando de artefatos famosos para elevar seu potencial e realmente se consolidar como um temível “vilão” nesse episódio.
Ao final, “What If…?” parece estar cada vez mais expandindo a escala de acontecimentos que envolvem as tramas de sua narrativa; na semana passada, tivemos um arco mais local, voltado a segunda guerra mundial e Peggy Carter, mas, aqui, tivemos uma saída para o espaço e as primeiras grandes mudanças de caráter de vilões e heróis, deixando ao final uma brecha do que poderia ter ocasionado ao mundo a mínima divergência na troca de crianças, favorecendo aí a noção de que os mínimos detalhes importam na sustentação do universo.
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