Terceiro episódio da primeira série animada da Marvel Studios chega hoje, 25 de agosto, ao Disney+ sob a premissa de um mundo sem Os Vingadores.
Dando continuidade a narração feita pelo Vigia, embarcamos no multiverso sob a proposta de observar uma realidade onde a Iniciativa Vingadores não deu certo. Se por um lado foi interessante acompanhar todo crescimento dos heróis durante mais de 10 anos de MCU, imagine assistir um início turbulento, com baixas surpreendentes e uma série de acontecimentos não favoráveis aos heróis… bem, seria triste para o mundo, mas é um ótimo episódio para “What if…?”.
Centralizado principalmente em Nick Fury (Samuel L. Jackson) e Natasha Romanoff (dublada por Lake Bell), o episódio acompanhará a dupla tentando solucionar o mistério que está sendo levantado, quando as grandes figuras em potencial para serem parte do famoso grupo “Os Vingadores” começam a serem assassinadas. Movidos por uma busca duvidosa, que a princípio nos guiam a criar teorias precipitadas, a conclusão do episódio e a revelação do vilão é bastante surpreendente. (fique tranquilo, não revelaremos nesse texto a reviravolta).
Aqui, vemos um trabalho narrativo não apenas baseado em entregar um final extremamente surpreendente, como também um final de contexto, não apenas pela justificativa dentro da série, mas se aproveitando de elementos dos quadrinhos. O que vemos é um grande fan-service, resgatando das HQs a face de um personagem controverso, que no MCU não teve tempo de ser explorado em comportamentos dúbios como nos comics. E, isso, corrobora não apenas para uma boa surpresa pela reviravolta, mas pare sensação de familiaridade de ver um outro lado do personagem, mostrando que mesmo no MCU, há uma variante que corresponde com aquelas atitudes ruins e visão errada que sua versão das histórias em quadrinhos é muito famosa por ter.
Esse é, sem dúvidas, mais que um episódio de pensar um mundo completamente diferente, mas se aproveitar das brechas de acontecimentos e elementos previamente existentes no material original para mostrar que todos são passíveis de alteração de caráter. O que pode parecer estranho, quando vemos a linha cronológica principal dos filmes, mas bem palpável dentro de um contexto ligeiramente diferente. São pequenos acontecimentos, resultando em alterações de grande escala no universo, o que faz bastante sentido em uma perspectiva de efeito borboleta.
Fury (Samuel L. Jackson) pode não ter tido nenhuma produção solo, ainda, dentro da Marvel, mas esse episódio foi um grande primeiro passo para o personagem mostrar que sustenta um protagonismo (que pode ser muito bem aproveitado na série “Invasões Secretas”, prevista futuramente).
Romanoff segue sendo uma ótima parceira para o diretor da SHIELD, cumprindo bem o papel de agente espiã, indo atrás de provas e pistas para solução do mistério. Além disso, foi interessante revê-la em seus momentos iniciais na SHIELD, sendo alvo de desconfiança por parte de outros colegas, mas comprovando para si e por si própria seu valor.
No fim, tivemos um ótimo episódio, que é focado em um tom investigativo muito interessante e pouco usado dentro do MCU (lembra Capitão América e o Soldado Invernal e Viúva Negra), mas que torcemos que volte a ser usado mais vezes, porque de fato é uma temática que funciona bem com esse núcleo. E, reforçando mais uma vez, pode já ser uma interessante abordagem para o que futuramente venha ser “Invasões Secretas”.
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