Entrando na vibe de Thor 4, hoje nosso especial será dedicado à Brunilda (Brunnhilde em inglês)
Mas você deve estar pensando: WHO THE FUCK IS BRUNILDA? O título já deu a dica, mas calma que a gente explica: Brunilda é o nome da nossa conhecida e idolatrada Valquíria! Um pouco diferente da Valquíria que conhecemos do Universo Cinematográfico da Marvel (UCM), a Valquíria das HQs também é incrível, e, por isso, hoje o nosso especial é dela! Com um punhado de mitologia nórdica, pitadas de feminismo e adicionando um tom heroico que só a Marvel sabe fazer, a história de Brunilda/Valquíria é repleta de magia, dramas amorosos, Deuses cruéis e enfurecidos e, claro, muito empoderamento!
Portanto, Brunilda, a Valquíria!
Ps. Lembrando que o bruto do conteúdo e algumas partes textuais foram retiradas do livro Powers of a Girl de Lorraine Cink.
7- BRUNILDA, A VALQUÍRIA
Sou uma pessoa totalmente diferente, criada para afastar a noção tola do homem de sua superioridade à mulher!
Brunilda aka Valquíria
BRUNILDA – A PRINCESA MEDIEVAL –
Assim como Shuri (a escolhida do nosso último especial: https://vingadoresbrasil.com/2019/10/03/especial-mulheres-no-poder-shuri/), a nossa futura Valquíria também era uma princesa. Nascida na era medieval, na terra conhecida por Wrlstead Arms, Brunilda era uma princesa-guerreira, ou seja, nada de vestidos, coroas ou regras protocolares, mas sim lições de como manejar uma espada e de como ser uma guerreira com sutiãs de metal em sua armadura e sede por vitórias.
Ao lado de seu amado companheiro Sigmund, o mestre das armas, Brunilda era feliz.
Mas vocês já sabem que nenhuma heroína da Marvel pode levar uma vida em paz, não é mesmo!? E a Valquíria não seria uma exceção…
Odin (rei da mitologia nórdica e pai de Thor) resolveu ir até Midgard (nome que se dá à Terra no idioma asgardiano) para fazer guerra no continente Europeu. Ele derrubou o castelo de Wrlstead Arms, o que fez com que Brunilda fosse atrás de seu pai para protegê-lo, afinal, ele era o rei daquele reino.
Seu amado Sigmund não a deixou sozinha, assim, no meio do ataque, ele se joga na frente de Brunilda para protegê-la de uma flecha e acaba sendo atingido, o que faz com que ele morra nos braços de sua amada, a deixando desnorteada e completamente chocada. Aproveitando esse momento de distração, o exército de Odin resolve ir em sua direção para destruí-la, mas Brunilda não tinha medo, pois estava dominada pela dor e pelo ódio.
Percebendo o estado de Brunilda e vendo a m**** que fez, o próprio Odin decide dar uma “colher de chá” de misericórdia para que ela possa fugir de seu exército e consiga se restabelecer sem a necessidade de lutar e, provavelmente, morrer. Mas vocês acham mesmo que a nossa incrível futura Valquíria iria dar esse gostinho para Odin? Não mesmo! Ela não queria que ele sentisse pena dela, ela queria que ele pagasse pelo que fez a Sigmund com força e determinação.
Percebendo seu espírito firme e a devoção à morte do guerreiro Sigmund, Odin percebe que Brunilda é especial e, por isso, a oferece uma posição divina ao seu lado para que servisse como sua Valquíria pessoal, ou seja, Brunilda teria o papel de levar os verdadeiros credores de Odin e guerreiros de prestígio (após suas mortes nas batalhas) para o “céu” Asgardiano, conhecido por nós como Valhalla. Caso ela aceitasse, como recompensa, ela poderia um dia se reunir com Sigmund em Valhalla para viver uma vida eterna e feliz ao seu lado.
Tomada pela fúria, mas ainda com amor em seu coração, Brunilda aceita a oferta para que seu amado Sigmund pudesse ter uma vida eterna no céu de Valhalla e com a esperança de que, um dia, ela pudesse se unir a ele mais uma vez. Nesse momento, Brunilda se torna a Valquíria.
BRUNILDA – O QUE É SER UMA VALQUÍRIA –
Antes de continuarmos, acho importante destacar aqui que existem diversas Valquírias e, como veremos a seguir, Brunilda se tornaria a líder delas. As Valquírias são guerreiras asgardianas semideusas que trabalham para Odin. Resumindo de maneira simples, de acordo com Lorraine Cink, ela são “Anjas chutadoras de bundas”.
O objetivo das Valquírias é levar os mortos que são dignos dos campos de batalha para o reino divino dos céus (Valhalla) e, às vezes, elas também interferiam na batalha para ajudar seus nobres guerreiros.
BRUNILDA – A LÍDER SUPREMA DAS VALQUÍRIAS –
Virando uma Valquíria, Brunilda aceitou o seu novo papel com determinação e confiança, o que a trouxe recompensas: se tornar a líder do bravo grupo de guerreiras divinas. Obtendo o controle de seu próprio destino, a nossa Valquíria favorita possuía esse espírito rebelde que a seguiria como líder por muitos anos.
Mesmo sendo líder, Brunilda era obrigada a servir e obedecer Odin, mas algumas vezes os seus valores e senso de compaixão iam contra às ordens do Deus dos Deuses. Em uma dessas discordâncias,Valquíria decidiu seguir seu coração e salvou um guerreiro que ela achou ter mais honra e valor do que o seu oponente, o guerreiro de Odin; assim, o próprio Deus apareceu para matar o favorito de Brunilda como prova de que ela, mesmo sendo líder das Valquírias, não poderia desobedecer o comando do Rei dos Deuses.
BRUNILDA – PUNIÇÃO PARA QUEM SEGUE O CORAÇÃO –
Por desobedecer Odin, este decide puní-la da pior forma possível: enviando-a até Midgard para viver uma vida mortal, na qual ela seria uma espécie de serva de seu marido. E, para piorar, esse marido seria o primeiro homem que ela olhasse (porque se apaixonaria por ele à primeira vista).
WHAAAAAAAAAT? Existe castigo pior? Ser escrava de homem? Tem coisa pior para uma Valquíria empoderada como Brunilda? NÃO MESMO. Esse certamente é o pior pesadelo da Valquíria: ser mortal, ter uma vida ordinária e ser obrigada a ficar com um homem que não a merece. Afinal, ser uma Valquíria é ser uma semideusa, sendo livre para cavalgar no vento entre a morte e a vida.
BRUNILDA – AÍ QUE TÉDIO…-
Para a sorte de Brunilda, Odin reconsidera sua punição e, assim, a Valquíria não precisa viver esse pesadelo (ainda obtendo a sua liberdade e se completando com seu trabalho ao lado de suas companheiras Valquírias).
Após os eventos de Ragnarok, a Bifrost (a ponte de arco íris que liga Midgard à Asgard) é destruída, o que fecha a ligação entre os dois reinos. Sem a passagem, as Valquírias acabam perdendo sua função principal (afinal, de acordo com Cink, os Deuses não morrem com tanta facilidade que nem os humanos) e Brunilda acaba enjoando dos céus, achando tudo chato e monótono.
Nesse estado, a Valquíria acaba sendo seduzida pela Deusa Amora, a Encantor, que promete aventuras além do reino de Valhalla. Como rejeitar um convite desses? Era tudo o que ela queria: liberdade, novidade e novas aventuras. E, com isso, ela topa sair por aí com Amora.
BRUNILDA – AMIGA OU INIMIGA? –
Depois de um tempo, a Valquíria começa a perceber que estava sendo usada. Amora estava usando a força e imortalidade de Brunilda para seus próprios interesses! Enfurecida, Valquíria se afirma e a confronta, mas tudo é em vão já que Amora não estava disposta a pedir desculpas… final da história: a Deusa sedutora aprisiona a alma da Valquíria dentro da lâmina de sua espada.
A Encantor usa a Valquíria como sua arma contra os heróis de Midgard, se vingando dos homens que a desprezaram. Ela forçava a heroína a possuir o corpo dos humanos; assim, sob o controle da falsa amiga, Valquíria se apossa do corpo da socialite e ativista Samantha Parrington. Amora a escolhe especificamente para se beneficiar da visibilidade pública e da defesa de direitos igualitários, com o intuito de atacar os homens que estavam no transe da Encantor.
Depois de Samantha, Valquíria possui o corpo da cultista Bárbara Norriss, que consegue manter a sua consciência (mesmo com a Valquíria tendo o domínio de seu corpo) e percebe os erros que está cometendo, o que a faz se sacrificar para salvar o Doutor Estranho e o Hulk. Nesse meio tempo, os Defensores entram na história toda e resgatam Bárbara da dimensão que ela ficou presa ao se sacrificar; porém, essa experiência foi suficiente para que ela enlouquecesse; com isso, os Defensores vêem a necessidade de aprisioná-la junto à Encantor.
Em uma troca louca de corpos e mentes e estando na presença de outra mulher, Amora sabia como conseguir liberdade: usando Valquíria mais uma vez, que é obrigada a retornar para o corpo de Bárbara. Após libertar a Encantor, a Valquíria percebe que se sentia melhor ao lado dos Defensores como uma heroína (ao invés de continuar ao lado de Amora, sendo obrigada a fazer o que ela mandava). Valquíria, portanto, decide se tornar uma Defensora e o grupo a ajuda a se livrar da prisão de Amora, a Encantor, libertando seu corpo e alma de uma vez por todas.
Finalmente, Valquíria poderia viver uma vida livre e fabulosa! Depois dos Defensores, ela se uniu a outros grupos de heróis e junto a seu cavalo alado e outras amigas, consegue fazer dos céus e de Midgard um lugar melhor para todas as pessoas.
BRUNILDA – CURIOSIDADES-
Os envolvidos no UCM já nos afirmaram que a Valquíria será a primeira personagem feminina LGBTQ+ assumida! Nos quadrinhos, antes de se tornar uma Valquíria, Brunilda possuía um amor fiel ao seu amado Sigmund, mas durante a vida de uma Asgardiana, a personagem possui aventuras amorosas de peso: desde uma reencarnação do Thor há muitas eras atrás até com Annabelle Riggs.
Com outras palavras, temos uma Valquíria nos quadrinhos que se envolve em diversos romances, assumindo uma sexualidade que vai além do padrão do heterossexual, portanto, nada mais válido do que ver essa versão no cinema! Afinal, representatividade é tudo e já passou da hora da Marvel dar esse passo em direção à evolução.
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