O episódio final de “What If…?” chegou ao Disney+ nessa quarta-feira, 06 de outubro, com uma grande batalha que demandou a intervenção do Vigia recrutando heróis de todas partes do multiverso, não apenas proporcionando uma grande interligação dentro da série como também dando um gostinho de como o MCU é passível de tirar muito proveito dessa temática e do encontro de versões de diferentes realidades. (Será que vem aí em Homem Aranha: No Way Home?)
Desde o primeiro episódio, “What If…?” tem se dedicado a imaginar isoladamente realidades alternativas com pontos de divergências que ocasionaram mudanças específicas nos mais diferentes mundos. Se no início fomos apresentados a núcleos de menores escalas como da Capitã Carter (que possui o enredo mais dedicado a sua terra e tempo), após o passar dos episódios vimos a narrativa aumentar e as proporções de acontecimentos gradaram junto (como o Doutor Estranho corrompido e o Ultron com as joias).
Todos elementos, arcos e contos do Vigia guiaram a série a um ponto maior, acarretando em um penúltimo episódio eletrizante, que retrata um vilão invadindo e colidindo multiversos e um episódio final igualmente potente, se aproveitando de tudo construído até aqui para promover um evento ainda maior.
O multiverso é um futuro do Universo Cinematográfico Marvel e “What if…?” foi pontualmente o melhor experimento para se aproveitar disso. A animação funciona tirando proveito de sua proposta, mas é cânone de uma possibilidade infinita de personagens e ideias que poderão ser aproveitadas pelo universo que conhecemos nos filmes e nas séries.
Se algumas pessoas inicialmente questionavam a utilidade dessa série para os filmes e se realmente valeria a pena assistir, bem, acredito que quem assistir terá a resposta de que de fato a série é ótima e com certeza vale a experiência, podendo sim ter pontos de encontro com os filmes no futuro e funcionando até como uma prévia do que a Marvel se dedicará nessa próxima fase, o filme do Doutor Estranho “Multiverso da Loucura”, com certeza poderá abraçar elementos em comum.
Mas, não apenas pelo que poderá ser para o futuro, “What if…?” pode ser vista e admirada como um trabalho por si e para si, já que reúne e se conclui por si só. Os personagens são carismáticos, a animação encontrou o equilíbrio entre a natureza do formato novo e a estética original dos filmes. Trazer alguns atores originais para fazer a voz de alguns de seus personagens na série, também foi um feito agradável e que dá liga ao universo. Poder ver Chadwick Boseman uma última vez como um T’Challa é igualmente um marco emocionante. Por isso, há muita coisa boa que por si só fazem de “What if…?” uma experiência digna de atenção.
Ao fim, “O Que Aconteceria Se… O Vigia Quebrasse Seu Juramento?” encerra a série de maneira audaciosa e eletrizando, aproximando diferentes e improváveis personagens e construindo uma equipe nova e poderosa. O roteiro conseguiu entregar ainda um Ultron extremamente ameaçador, não apenas pelo poderio atribuído pelas joias do infinito, mas por todo sadismo e inteligência que fazem dele um personagem macabro e frio. Posto esses pontos, é fácil elogiar a primeira animação da Marvel Studios e aguardar ansiosamente pela segunda temporada, torcendo por outras produções no mesmo nível de qualidade. Afinal, “What If…?” foi verdadeiramente uma obra que chegou sem tanto hype, mas entregou bastante em qualidade e surpresas.
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