CRÍTICA | Godzilla II: Rei dos Monstros

Muito antes de Nova York ser o point da destruição, Godzilla já destruía Tokio. Logo no início do filme, o “rugido” do monstrão já traz arrepios.

Godzilla continua sendo aquele monstro bizarro, ameaçador e perigoso, mas, ao contrário dos outros filmes, nesse ele acaba sendo uma espécie de anti-herói devido aos acontecimentos desse novo enredo.

Em relação ao filme de 2014, este não é imprescindível para o entendimento de Godzilla II. Alem disso, alguns rostos conhecidos retornam (como Ken Watanabe e Sally Hawkins), mas é Vera Farmiga, Kyle Chandler e Millie Bobby Brown que protagonizam esse filme, demonstrando as consequências que a destruição dos “Titãs” fizeram em suas vidas.

Vera Farmiga, como sempre, rouba a cena e faz com que nós entendamos o seu lado da história, apesar de não ser o que o filme sugere. A novata Millie nos traz a inocência e persistência que uma pré adolescente pode ver nos momentos mais difíceis. Ainda sobre o elenco, pode-se dizer que este é impecável e muito bem representado, possuindo diversidade e ótimos personagem.

Sobre os monstros (Sim! É isso mesmo! Monstros no plural!!!) estão maravilhosos! As interações entre eles estão incríveis e quando as cenas são feitas de uma perspectiva distante, a fotografia está magnífica, digna de um quadro! O efeito gráfico dos monstros também merecem atenção pois é possível entender o que eles querem “dizer” apenas pela expressão do olhar ou pelo “rugido” vibrante (que faz a sala do cinema tremer).

Apesar disso tudo, o roteiro não é muito desenvolvido. Mesmo cumprindo as regras básicas de início, meio e fim, o núcleo da história é bem simples e fica se repetindo sem grandes avanços, mudanças ou quebra de expectativa.

Não menos importante, o filme não apresenta grandes plot-twists, mas alguns sustos são dignos de serem mencionados. A trilha sonora acompanha bem a narrativa criando o clima desejado no espectador. Apesar das mortes desnecessárias, o amor de família e a esperanças prevalecem, provando que é possível encontrar coisas positivas em momentos de tensão.

Entre muitos gritos, explosões, chuva, fogo e muita destruição, o filme traz momentos de apreensão, raiva, torcida e emoção. Para quem gosta desse tipo de filme, Godzilla II: O Rei dos Monstros merece ser visto. Agora, se você procura uma história mais rebuscada e não quer ver monstros imensos lutando por longos minutos, então Godzilla II não é para você.

Assistindo ou não, uma coisa é certa “Vida longa ao Rei!” (Dr. Emma Russell)

Dica da Lo: Aguarde as notícias de jornal que aparecem logo após o fim do filme! Um duelo impressionante virá em 2020.

Nota do filme no geral: 7,5

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