CRÍTICA | Dumbo

‘Dumbo’ é conhecido mundialmente por ser fazer parte da infância de diversas gerações. Estreado originalmente como um longa de animação da Disney, chegou às telas em 1941, baseado na obra da escritora Helen Aberson. A história conta a trajetória de Dumbo, um bebê elefante nascido nos arredores do Circo dos Irmãos Medici, concebido pela Sra. Jumbo. O pequeno, que deveria ser a grande promessa do espetáculo, assusta a todos quando aparece com suas grandes orelhas e acaba sendo ridicularizado. A grande surpresa é que as orelhas podem fazê-lo voar.

Dumbo em cena
Reprodução/Disney

O enredo de ‘Dumbo’ diz muito mais que uma simples animação para crianças. O desafio da Disney ao transformá-lo em live action habita justamente em como passar as importantes temáticas em um contexto tão moderno já que o filme é dos anos 40 e o filme foi lançado em 2019. A princípio eles conseguiram fazer muito bem. Com direção de Tim Burton e roteiro de Ehren Kruger, é possível identificar a fundo sobre todas as coisas mais significativas e emocionantes que o filme aborda.

A começar pelo valor da família e dos amigos. O ratinho Timóteo não é tão explorado na atual versão, mas a companhia de Milly (Nico Parker) e Joe Farrier (Finley Hobbins) possibilita um mundo de esperança e aventuras já que suas personalidades são de crianças boas, sonhadoras e que se importam com o bem-estar das pessoas. A dupla de irmãos entram também como fator essencial em todas as cenas em que Dumbo precisa ser encorajado a voar ou quando precisa ser salvo do perigo. A relação da falta da Sra. Farrier com a falta que a Sra. Jumbo faz para o bebê elefante estreita ainda mais os laços das crianças com o animal. E no final das contas é possível perceber que a Disney manteve seu discurso sobre o valor da família e de zelar por ela, e nessa parte o pecado foi não explorar tão bem a cena da música tema Baby Mine, que mostra toda a importância do amor entre mãe e cria da Sr.a Jumbo com o bebê Dumbo.

Dumbo e Sra. Jumbo em cena
Reprodução/Disney

O movimento contra a manutenção de animais presos em cativeiros foi essencialmente pontuado. À época em que o filme foi lançado a primeira vez era muito comum os circos usarem animais para seus espetáculos, algo que é proibido nos dias atuais. Dessa forma, a Disney construiu de forma detalhada todas as cenas para chegar nesse ponto e deixar a mensagem no final do filme, como uma reflexão precedida de uma grande aventura para libertar Dumbo e  Sra. Jumbo dessa realidade. O uso da figura do personagem Max Medici (Danny DeVito) representa uma forma de mostrar o aprendizado que teve sobre o assunto.

Em questões cinematográficas foi dada uma atenção especial na expressividade de Dumbo para transparecer a real emoção sentida por ele e pela mãe. Os animais foram muito bem feitos e quando o corte da câmera foca neles é possível ter maior percepção do capricho. As cenas de aventura e a de quando ele finalmente está livre são grandes exemplos desse mesmo capricho. Foram nessas cenas de aventura que o filme começou a ganhar mais atividade e mais cor. Desde o início tem uma linda fotografia, mas Dreamland foi produzido para realmente passar a ideia de cidade dos sonhos, trazendo consigo muitas cores, luzes, efeitos e sentido para as soluções chegarem ao mesmo tempo que maiores empecilhos chegam.

O live action de ‘Dumbo’ é claramente um filme especial. Ao mesmo tempo em que gira em torno do bebê elefante é possível captar a história e o sentimento dos personagens mais envolvidos na jornada. E por último mas não menos importante: traz a magia que a Disney sempre tem como missão proporcionar para o público.

Fly, Dumbo. Fly!

‘Dumbo’ estreia dia 28 de março nos cinemas.

Nota: 9

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