CRÍTICA | Coringa: Delírio à Dois

Sob a direção de Todd Phillips, também diretor do primeiro filme da franquia, Coringa: Delírio a Dois chega aos cinemas brasileiros no dia 3 de Outubro. A equipe do Vingadores Brasil já assistiu ao filme e vamos compartilhar as nossas primeiras impressões sobre a produção.


Em Coringa: Delírio a Dois, acompanhamos a sequência do longa sobre Arthur Fleck (Joaquin Phoenix), que está institucionalizado em Arkham à espera do julgamento por seus crimes como Coringa.  A sinopse aponta que a continuação se passa depois dos acontecimentos do filme de 2019, após ser iniciado um movimento popular contra a elite de Gotham City, revolução que teve o Coringa como seu maior representante. Preso no hospital psiquiátrico de Arkham, ele acaba conhecendo Harleen “Lee” Quinzel (Lady Gaga). A curiosidade mútua acaba se transformando em paixão e obsessão e eles desenvolvem um relacionamento romântico e doentio. Os dois embarcam em uma desventura alucinada e musical pelo submundo de Gotham City, enquanto o julgamento público do Coringa se desenrola, impactando toda a cidade e a eles mesmos.

E é com grande pesar que comunico que uma das produções mais esperadas do ano entra pra lista de sequências que não precisávamos e que nem deveriam ser feitas. Se o primeiro filme, que rendeu Oscar de melhor ator ao Joaquin Phoenix e indicação ao prêmio de melhor filme, foi uma verdadeira obra de arte, sua sequência é digna de ser apagada da memória de qualquer um que decida assistir.

Dentre algumas decisões ruins que foram tomadas na produção desse filme, a pior delas foi transformá-lo num musical. Não me entenda mal, eu sou a maior fã de musicais que já pisou no planeta Terra, mas diversas dessas cenas de cantoria do longa não acrescentaram em nada a história, fazendo com que gerasse uma falta de conexão com o material que está sendo apresentado. A sensação que fica ao assistir esses momentos, é que as cenas foram feitas para aproveitar o talento musical dos atores envolvidos, e não para mergulhar e desvendar a trama através de coreografias e canções, o que torna o filme cansativo e tedioso.

E mesmo que esse circo tenha se tornado, ao meu ver, um show de horrores, a impecável atuação de Joaquin Phoenix como Coringa e a estreia de Lady Gaga como Arlequina deve ser enaltecida. A química entre os atores é tão insana e convincente que me peguei torcendo pela dupla de vilões no desenrolar da trama, o que acabou se tornando um dos maiores – talvez um dos poucos – pontos positivos do filme.

Coringa: Delírio a Dois veio pra dividir opiniões. Sua abordagem ousada pode cativar facilmente a atenção do telespectador ou fazê-lo se arrepender de ter comprado o ingresso, e para descobrir de qual grupo você faz parte, é só correr para o cinema mais próximo no dia 3 de Outubro.

Publicar comentário