Uma experiência belíssima, provocante e perigosa.
O filme “Coringa” do diretor Todd Phillips, é uma história original e fictícia sobre o icônico vilão nunca antes vista no cinema. A versão de Phillips sobre Arthur Fleck, interpretado de maneira memorável por Joaquin Phoenix, mostra um homem lutando para se integrar à sociedade despedaçada de Gotham. Trabalhando como palhaço durante o dia, ele tenta a sorte como comediante de stand-up à noite… mas descobre que a piada é sempre ele mesmo. Preso em uma existência cíclica, oscilando entre a realidade e a loucura, Arthur toma uma decisão equivocada que causa uma reação em cadeia, com consequências cada vez mais graves e letais, nesta exploração ousada do personagem.
A trama de “Coringa”é envolvente e perturbadora ao mesmo tempo, trazendo elementos icônicos do universo DC dos quadrinhos e filmes do Batman, e uma sutil homenagem a Heath Leager. Joaquin Phoenix é um Coringa tão bom quanto o de ‘Cavaleiro das Trevas‘ trazendo um peso maior para a história, que mostra um personagem com distúrbio do riso, onde vemos uma risada digna de arrepios. Phoenix entrega um palhaço de pura tristeza que vive em um mundo onde as pessoas não enxergam ele, mostrando o quão real e sério as pequenas atitudes fazem com um ser humano, que é transmitido de forma passiva, mas digna através de Arthur.
A Gotham apresentada no filme nunca foi tão bem retratada em uma produção cinematográfica. A euforia dos cidadãos e o desconforto que as ruas trazem acarretam num lugar que o palhaço adaptou, sendo uma faísca no meio de várias bombas prontas pra explodir, e o mais surreal é que o expectador pode ver isso da melhor forma possível e o povo de Gotham em rede nacional.
As reviravoltas são transcendentes! Tem um impacto pesado que surpreende o público da forma mais sutil. De fato é um filme com gatilhos amostra, em situações que passam de forma simples para a trama mas é algo para se alertar do lado de fora das telas. A condição sonora do filme é leve e adaptável a cada risada, mesmo não sendo o forte do projeto, assim como seus efeitos visuais. A obra feita com o roteiro é digna de aclamação.
Como consideração final, Coringa é a confirmação perfeita que esse universo consegue aos poucos ser versátil no peso do Blockbuster ao Cult, mostrando que o Universo Estendido da DC consegue brilhar nas telas mais sombrias.
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