CRÍTICA | Ameaça Profunda

‘Ameaça Profunda’ e a nova produção Fox/Disney que estreou no dia 9 de janeiro nos cinemas brasileiros. O roteiro de Adam Cozad e Brian Duffield traz a história de seis pesquisadores de uma grande empresa que estão presos em instalações no fundo do oceano.

O longa é estrelado por Kristen Stweart (Norah) e sua jornada é acompanhada de T.J. Miller (Paul), Jessica Henwick (Emily), Vincent Cassel (Capitão Lince), John Gallagher Jr. (Liam), Mamoudou Athie (Rodrigo) e Gunner Wright (Lee).

Como um filme de SCI-FI e terror, o enredo é plausível e desencadeia questionamentos interessantes, mas infelizmente, não souberam usá-los. Quando uma grande empresa perfura o oceano em mais de 11 quilômetros abaixo da superfície, a vida marinha pode reagir de alguma forma, de preferência nada agradável. Quem responde é uma criatura marinha e mística que tenta matá-los a qualquer custo.

As chances de sobrevivência eram mínimas, com certeza. Todas as dificuldades físicas e psicológicas foram bem exploradas na personalidade de cada um dos seis que lutavam pela vida. Os diálogos são bem explícitos no que se refere aos sentimentos e em como lidavam com isso à sua maneira. E para ficar mais bizarro do que emocionante, a criatura marinha se multiplicava em pequenas formas de si, como filhotes à caça dos pesquisadores.

Houve uma tentativa de militância sobre a saúde dos oceanos em um momento que começam a refletir sobre terem seguido tais carreiras. O questionamento do homem querer ser dono de tudo, invadindo um espaço que não era seu por direito. As grandes empresas que mexem e causam acidentes terríveis e depois fazem de tudo para “abafar o caso”. É uma boa reflexão, mas que poderia ter sido melhor explorada sem perder o gênero científico. A ciência mesmo seria uma grande aliada nessa parte.

Kristen Stewart parece ter evoluído muito das atuações duvidosas no início de carreira, a sua expressão de confusão e dor se encaixou bem no papel de Norah que passa por situações angustiantes até o final da jornada que não é nada agradável para ela. T.J. Miller foi quem conseguiu arrancar risadas com seu humor mesmo em uma situação que não era para brincadeira. Além, é claro, de Mamoudou Athie que já mostrou ser um ótimo ator e até sua participação “pequena” deixa um certo impacto.

O jovem diretor William Eubank está acostumado com produções de baixo orçamento (‘Ameaça Profunda” foi de 80 milhões de dólares), espera-se que sua criatividade seja superada ao longo do tempo e possa explorar melhor o enredo que tem.

 

NOTA: 6

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